PPGHis - Mestrado (Dissertações)

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    Pisa nesse chão devagarinho - memória e resistência dos grupos de congado e mocambique de ouro preto (2003-2023)
    (2024) Santos, Sidnéa Francisca; Luciano Magela Roza; Luciano Magela Roza -Orientador; Kassandra da Silva Muniz (Universidade Federal Rural de Pernambuco); Ana Mônica Henrique Lopes (Universidade Federal de Ouro Preto)
    A presente dissertação, realizada por meio de pesquisa etnográfica, escuta ativa e observação participante é fruto de dois anos de investigação da minha própria vivência enquanto Congadeira, Reinadeira, cantante, dançante e auxiliar do Guardião do Trono Coroado do Reinado de Ouro Preto/MG. Aqui apresento um panorama de como se deu a resistência, ressurgência e preservação das memórias dos Grupos de Congado e Moçambique de Ouro Preto nos últimos vinte anos, fazendo um recorte temporal de 2003 a 2023. Manifestações seculares da cultura e da religiosidade negras em Ouro Preto, o Congados e Moçambique são provas incontestes da resistência africana e afrodiaspórica presente nos saberes, fazeres, costumes e celebrações destes grupos no supracitado município fazem desse processo de retomada e reorganização de suas ações no momento também de estabelecer novas redes de relações e de manutenção de suas práticas religiosas, culturais e sociais, que ao longo dessa pesquisa também serão apresentadas.
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    O lugar do(a) historiador(a) no debate da lei de cotas raciais no Brasil - 2006.
    (2024) Paula, Floriza Beatriz de Sena; Araújo, Valdei Lopes de; Araújo, Valdei Lopes de; Santos, Adilson Pereira dos; Pereira, Luisa Rauter; Assunção, Marcello Felisberto Morais de
    À luz do manifesto contra as cotas raciais (2006), a pesquisa buscou tematizar o debate mobilizado por historiadores (as) em torno da lei de cotas, em especial quando o discurso foi publicizado em oposição. O objetivo foi compreender o porquê desses (as) profissionais da História terem assumido essa postura mais conservadora à época, esses (as) que são por natureza metodologicamente treinados (as) para identificar heranças historicamente construídas ao adotarem passados sensíveis como tema de ensino e pesquisa, mas mesmo assim assumiram um ônus público enviesado em preocupações e demandas sérias de recusa, muitas das vezes negacionistas, eufemistas e/ou racistas. Suas posturas estiveram inseridas em um projeto antirracialista que se absolutizou dentro de uma idealizada e não ingênua projeção de ciência histórica neutra e imparcial e refletiu em suas produções, pronunciamentos públicos e formação de futuros (as) professores (as). Apostamos ser incoerente dissociar “raça” enquanto categoria analítica relevante para ler a história das relações étnico-raciais, esta que é a base de pactos narcísicos.
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    Políticas da memória e políticas do esquecimento : uma análise das transformações dos antigos centros de tortura do Brasil em memorial - DOPS/RJ e DOI-Codi/SP.
    (223) Ivo, Larissa Vitória; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Abreu, Marcelo Santos de; Neves, Deborah Regina Leal
    A compreensão acerca das políticas da memória deriva dos estudos da Teoria da História e da Historiografia sobre a memória, cuja área de conhecimento passou por uma crescente durante a década de oitenta, tendo em vista acontecimentos como a queda do muro de Berlim, o Apartheid, as Ditaduras na América Latina e outros grandes eventos a nível global que deram origem às demandas de preservação do passado. O objetivo dessa dissertação foi compreender as disputas de memória em torno dos antigos centros de tortura no Brasil, sendo eles o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) da cidade do Rio de Janeiro e o Departamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna da cidade de São Paulo, a fim de elucidar de que maneira o conduziu o período de 1964 à 1985, bem como quais são as suas continuidades e rupturas presentes na contemporaneidade. Neste intuito, foram utilizadas como fontes os jornais brasileiros, como o Estadão, o G1, a Agência Brasil e a BBC, a fim de analisar de maneira esses casos foram repercutidos na mídia nacional e de que maneira tais embates foram veiculados. Em conjunto a elas foram consultadas as principais referências da área, fazendo um contraponto entre os conceitos e as manchetes. A hipótese central desenvolvida nessa dissertação foi que a maneira em que a Lei da Anistia foi elaborada, mediante o não julgamento dos torturadores em conjunto à ausência da Justiça de Transição no país colaborou para um cenário propício de inserção das políticas de esquecimento em torno da ditadura no país.
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    A emergência da cordialidade como conceito histórico-social no Brasil.
    (2023) Fontes, Mariana Cunha; Mata, Sérgio Ricardo da; Mata, Sérgio Ricardo da; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Nicodemo, Thiago Lima
    A cordialidade surge na historiografia brasileira derivada da expressão "homem cordial", cunhada por Ribeiro Couto e celebrizada por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil. Nesses usos, o emprego de cordialidade objetivou caracterizar o homem americano e, posteriormente, em um recorte mais específico, o homem brasileiro. Mas, muito além dos textos e discussões acadêmicas acerca da cordialidade, o presente trabalho faz uma história conceitual da cordialidade. Abordam-se desde dicionários de Língua Portuguesa até resenhas e reflexões sobre o texto de Ribeiro Couto e da obra Raízes do Brasil. Aprofundamos e ampliamos o estudo sobre o conceito de cordialidade adentrando suas inúmeras possibilidades de significado, formatos e veículos de circulação. Neste intento, utilizamos como fontes dicionários, a partir dos quais foi feita uma análise dos significados e das mudanças lexicais ocorridas ao longo do tempo na definição de cordialidade e a coleção de periódicos da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Brasil. Analisam-se artigos de jornais em que a expressão "homem cordial" e o verbete cordialidade aparecem, fazendo-se um contraponto entre a conceitualização e discussão acadêmica e os usos cotidianos do termo. A hipótese aqui desenvolvida argumenta que a emergência do conceito de cordialidade nos anos 30 condensa um conjunto de experiências históricas que se enraizaram na sociedade brasileira, passando a ser uma das estruturas de representação social de um ser brasileiro. Em suma, este estudo demonstra que a cordialidade se tornou um conceito à medida que circunstâncias político-sociais se agregaram a ela, e sua significação extrapolou os planos linguísticos, retratando e formatando a realidade no decorrer deste processo de caracterização social do ser brasileiro.
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    Memória e contemporaneidade em Andreas Huyssen.
    (2023) Vieira, Letícia Aparecida Maciel; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rodrigues, Thamara de Oliveira
    Tematizamos os problemas relacionados a atividade da memória na cultura contemporânea a partir de Andreas Huyssen. Nossa compreensão é a de que o historiador busca descrever um comportamento obsessivo em relação a presentificação de passados hoje, no qual há uma intensa relação entre memória, desenvolvimento tecnológico e meios de comunicação. A partir da noção de “Cultura da Memória”, Huyssen descreve um comportamento obsessivo, no qual a memória torna-se também um produto da indústria cultural, o que teria como consequência certo esvaziamento da capacidade de reorganização de passados, presente e futuros a partir delas e com isso estaríamos perdendo certa capacidade de mobilização ética- política na realidade. Buscamos tematizar também como que a “Cultura da Memória” se articula em relação a memórias traumáticas, e aqui tematizamos sobre a relação entre memória e direitos humanos.
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    Entre palcos, orquestras e partituras : trajetórias de Duque Bicalho em Juiz de Fora, no pós-abolição.
    (2023) Gonçalves, Wellington Carlos; Roza, Luciano Magela; Roza, Luciano Magela; Pereira, Josemeire Alves; Fonseca, Janete Flor de Maio
    A presente dissertação estuda as experiências, expectativas, desafios e escolhas elaboradas por sujeitos negros na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, durante o período do pós-abolição. Tomando como objeto de estudo a trajetória do músico, maestro, compositor e professor negro Duque Bicalho, identificou-se questões relacionadas às construções políticas de raça, cor, direitos, cidadania e projetos de inserção social e combate ao racismo elaboradas e acionadas por homens e mulheres negros neste contexto histórico. Voltada para o estudo de uma temporalidade marcada por uma crescente racialização das relações sociais, pelo recrudescimento do racismo e pela radicalização das desigualdades sociais e raciais, o argumento da presente pesquisa é que o estudo da trajetória de Duque Bicalho pode conferir visibilidade às histórias de vida de homens e mulheres negros no pós-abolição, contrapondo-se ao silenciamento da sua participação política na história do Brasil República, assim como apresentar os costumes, valores e formas de vida desses sujeitos. A metodologia de pesquisa adotada se baseia no estudo biográfico e na micro-história e, para tanto, utilizou-se um conjunto variado de documentos, como imprensa, fotografias, livros de memórias, registros eclesiásticos e cartoriais, documentação privada/pessoal de Duque Bicalho, dentre outros.
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    Fronteira e movimentação na obra de Usama Ibn Munqidh século XII.
    (2023) Ferreira, Ariel Estevam; Salles, Bruno Tadeu; Salles, Bruno Tadeu; Boy, Renato Viana; Joly, Fábio Duarte; Silva, Marcelo Cândido da
    Usama Ibn Munqidh (1095-1188) foi um aristocrata, escritor, diplomata e guerreiro muçul- mano, nascido na Síria durante a época da Primeira Cruzada. Em seus escritos, ele descreveu os acontecimentos que presenciou durante sua vida na região do Levante. Os relatos de Usama nos permitem estudar diversos aspectos dos acontecimentos do século XII no Oriente Próximo, do ponto de vista de um muçulmano. Sua perspectiva e suas vivências são utilizadas nessa dis- sertação para analisar sua circulação e mobilidade geográfica na região do Levante como uma forma de compreender o que tais possibilidades podem demonstrar acerca de alguns elementos políticos e sociais da época como as fronteiras, as conexões e circulações existentes.
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    (Re)pensa Humanidade : editorial e arquivo virtual para visibilidade de produções e transmissões originárias.
    (2023) Barbosa, Ana Laura de Morais Uba e; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Cruz, Felipe Sotto Maior; Nava Sánchez, Alfredo
    A dissertação visa apresentar cenários teórico-metodológicos e resultados do trabalho desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Nossos estudos dialogam com as elaborações coletivas de conteúdos múltiplos de transmissão de conhecimento que podem ser compreendidos e tomados como material didático-pedagógico esubsídio a debates e produções científicas, além de, também, divulgar obras audiovisuais e literárias de autoria, produção e participação dos povos originários no Brasil. Chamamos atenção para a afirmação de novas abordagens sobre narrativas historiográficas que envolvem as chamadas <> em cumprimento da descolonização das práticas, interpretações, narrativase agências históricas, o que viabiliza e potencializa a auto-inscrição da existência e da resistência de corpos <> destinados, até hoje, ao epistemicídio e ao genocídio. Partimos do olhar edas referências próprias desses <> para produzirmos outras formas de abordagens para visualizar a História Oficial e o Ensino de História na educação brasileira, indo na contramão de narrativas fundadas em contínuos exotismos, estereótipos pejorativos e na subalternização dos corpos e das etnias que silencia a pluralidade e a transtemporalidade das <>. Aqui serão expostas possibilidades teórico-práticas efetivas à descolonização dos ofícios intelectual, científico e do ser íntimo/social, apoiadas no deslocamento e no rompimento com os referenciais colonialistas que, de forma transtemporal, vêm apagando e subalternizado potencialidades e pertencimentos Originários em nossos modos técnicos e sociais, impedindo uma melhor convivialidade. Este modo de visualizar a epistemologia se faz possível quando nos permitimos contrariar externalidades, aliando-se nossa mentalidade à produções e interpretações condizentes com a realidade local que se constitui em transversalidade e pluralidade. O reconhecimento que se faz urgente quando, em propósito, buscamos a continuidade da Humanidade que, neste tempo presente, se encontra em imersão de disputas e intolerâncias com propósito de roubar otimismos, mas seguimos em busca de reconstruir estruturas, linguagens e percepções históricas como agentes próprios de suas inscrições no mundo. Nos prontificamos a tecer epistemologias mais afetivas à nossa realidade, distanciando-se de tutelas externas que, em equívocos, formularam e impuseram historicidade de hierarquização limitada às comparações hegemônicas ao forjar relações de poder e autenticidades.
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    Os indígenas nas minas do ouro : conversão, cativeiro e administração dos trabalhadores (1690-1736).
    (2023) Santos, Fiama Ribeiro dos; Andrade, Francisco Eduardo de; Andrade, Francisco Eduardo de; Gandelman, Luciana Mendes; Paiva, Adriano Toledo
    Esta pesquisa tem como objetivo principal propor a análise sobre como os indígenas estavam inseridos nas Minas Gerais em sua fase inicial, através das relações de trabalho. Para analisarmos o contexto em que se insere a figura indígena nas Minas Gerais e analisar como foi essa chegada desses agentes no local. O recorte espacial é espaço onde inicia-se as Minas Gerais. O estudo indicado tem início no ano 1690, devido as primeiras notícias de descoberta do ouro e irá até o ano de 1736 onde ocorre uma mudança significativa no Regimento das Minas. O referencial teórico desta pesquisa conta com autores que pertencem a historiográfica mais clássica, no que diz respeito a tentativa de entender o espaço colonial e os grupos ali inseridos. Articulamos a História das Minas Gerais e a Indígena para conhecermos os índios que foram agentes importantes nas minas de ouro do local e das suas fronteiras. Como resultado, evidenciamos a presença indígena durante os primórdios das Minas Gerais, indo totalmente ao contrário da historiografia que relata a dizimação deste indígena. Este trabalho irá contra ao apagamento que é direcionado aos indígenas, o qual foi atuante e tem total relevância no processo de construção das Minas Gerais dos Setecentos, por sinal, onde a mestiçagem prevalece como uma característica importante deste território.
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    A historicidade do transitório na ficção contemporânea Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie.
    (2023) Souza, Lucas Sampaio Costa; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Teixeira, Felipe Charbel; Klein, Kelvin Falcão
    Nesta pesquisa, procuramos investigar de que maneira a ficção Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie, lida com o passado e a História. Argumentamos que Chimamanda Adichie encena uma historicidade do transitório ao resgatar a visibilidade e a função moral do discurso romanesco, com personagens moralmente verossímeis e cuja relação com o enredo é definida pelo trânsito entre Terceiro Mundo e Ocidente. O incessante vai e vem entre memória, vivência e experiência que nos constitui enquanto sujeitos históricos é encenado a partir das situações e experiências de personagens negras e africanas transitando entre Terceiro Mundo e Ocidente: dotados de consciências às quais temos acesso irrestrito, os protagonistas de Americanah figuram um ângulo de observação sobre a História que se, por um lado, explicita a condição subalterna do Terceiro Mundo, por outro, remete ao questionamento pós-colonial sobre quem é e quem pode ser o sujeito da cultura. Em seguida, procuramos mostrar o processamento desta historicidade do transitório na forma da narrativa. Argumentamos, então, que a forma clássica do romance convive com uma forte aspiração à referencialidade, identificada nas nuances entre protagonista e autora e no blog onde a protagonista ensaia o choque com sua experiência do transitório.
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    O progresso sob cabresto à brasileira : ensaio sobre o pós-abolição à base do rap.
    (2023) Brito, Thiago Henrique Borges; Roza, Luciano Magela; Roza, Luciano Magela; Souza, Ana Lucia Silva; Lopes, Ana Mônica Henriques
    a proposta deste ensaio é refletir crítica e politicamente sobre o pós-abolição da negrada no brasil através do rap de Beto Criolo. A importância desta discussão está posta por entender a centralidade do racismo na história da dita sociedade brasileira, as condições que sustentam o mesmo até o tempo presente e sua manutenção a depender de como nos organizamos enquanto movimento preto. Nada melhor que argumentar através do rap, porque este subsidia qualitativamente as relações racistas cotidianesca. Nesta toada, antes de discutir sobre o pós-abolição, decidi sintetizar a minha compreensão do que é racismo e como é assentada a ontologia africana nesta diáspora. Posteriormente, sobre a discussão do pós-abolição, adentro nas experiências desta diáspora a fim de elucidar o quanto as vivências e conceitos nada informam sobre mudanças nas condições do povo preto no brasil. Logo, este ensaio demonstra como o marco histórico do pós- abolição, quando discutido qualitativamente à base do rap de Beto Criolo, não se sustenta para indicar mudanças concretas na vida coletiva da diáspora africana nestas terras. Mantendo, assim, o progresso sob cabresto à brasileira. A dita colônia, tumbeiro brasil. Diante desta sinuca-de-bico instalada discuto politicamente caminhos possíveis a serem tomados pela coletividade preta a partir de uma visão panafricanista aos moldes do nacionalismo preto.
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    Tecendo as redes na revolta : o governo de D. Pedro de Almeida e os "Homens Bons" de Vila do Carmo na repressão à Revolta de Vila Rica em 1720.
    (2014) Souza, Lucas Moraes; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Andrade, Francisco Eduardo de; Pereira, Marcos Aurélio de Paula
    O presente trabalho tem como objetivo a análise da participação dos “homens bons” de Vila do Carmo na repressão à Revolta de Vila Rica de 1720. Partimos do princípio de que a punição aos sublevados só foi possível mediante o auxílio dos potentados locais das Minas, principalmente destas duas vilas. Para tanto, retomamos uma discussão teórica sobre a origem do poder régio no intuito de demonstrar o aparato utilizado pelo governador D. Pedro Miguel de Almeida como justificativa de sua ação punitiva. Para tanto, analisamos o Discurso histórico elaborado por este governador como mecanismo de defesa de suas ações repressivas perante o rei. A identificação destes “homens bons” nas câmaras destas duas vilas também foi necessária para montar um quadro geral de apoio ao conde de Assumar. O aparato documental utilizado foi variado, desde análise deste discurso histórico, até a mobilização das atas e cartas das câmaras envolvidas, inventários dos poderosos locais e extensa documentação existente nos arquivos mineiros.
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    Teoria e ensino de história : respostas ao mundo presente.
    (2018) Silveira, Glauber Fonseca; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Abreu, Marcelo Santos de; Araújo, Valdei Lopes de; Lobo, Rafael Haddock
    Nosso propósito neste trabalho é apresentar algumas estratégias didáticas diferenciadas no ensino básico de história, buscando estimular o interesse e o envolvimento dos alunos com a disciplina histórica. Essas estratégias buscam partir da realidade local e das necessidades educacionais apresentadas pelos alunos em seu contexto específico de mundo para que possamos ajuda-los a perceber por si mesmos sua própria condição histórica e desenvolverem as habilidades relacionadas à essa condição. Para a realização destas estratégias didáticas buscamos empreender no primeiro capítulo uma reflexão teórica sobre o que seriam os princípios existenciais da história, ou seja, apontamos quais são as condições estruturais da vida humana que permitem o aparecimento de toda história, seja ela vivida ou narrada. De posse da compreensão destas condições fundamentais da história, explicitados, buscaremos identificar quais são as tendências do projeto existencial e histórico predominantes no contemporâneo em que se encontram as novas gerações, estaremos então no segundo capitulo. Nos capítulos três e quatro relatamos experimentos que buscam explorar habilidades relacionadas ao reconhecimento da própria historicidade e à ao apropriarem-se dos fenômenos à ela relacionada possam construir uma relação mais autêntica com a história.
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    Chalés ecléticos na cidade barroca : poder, linguagem arquitetônica e patrimônio em Ouro Preto (1880-1950).
    (2023) Simões, Bruna Carneiro Leão; Abreu, Marcelo Santos de; Aguiar, Tito Flávio Rodrigues de; Abreu, Marcelo Santos de; Aguiar, Tito Flávio Rodrigues de; Costa, Eduardo Augusto; Schettino, Patrícia Thome Junqueira
    A presente pesquisa aborda a arquitetura eclética na cidade de Ouro Preto, com foco principal na tipologia dos chalés durante o período de intervenção modernista no município. Com o reconhecimento da importância de preservação do patrimônio nacional e a implantação dos primeiros instrumentos de proteção, Ouro Preto recebe grande ênfase por causa do seu acervo preservado do período colonial e atravessa um momento de alterações da sua paisagem urbana. Durante esse período, a arquitetura eclética é uma das principais construções da cidade a serem modificadas, contudo os chalés permanecem praticamente inalterados. Essa pesquisa, portanto, tenta compreender as principais influências na preservação desses imóveis a partir do ponto de vista socioeconômico dos proprietários desses imóveis, além de analisar a interferência das políticas patrimoniais promovidas pelas instituições responsáveis em proteger o patrimônio nacional. Ao todo, são 15 imóveis analisados, durante o desenvolvimento dessa pesquisa, localizados dentro do perímetro tombado do distrito sede de Ouro Preto. O ineditismo temático e originalidade na escolha dos objetos de estudo justificam a importância dessa pesquisa na compreensão de um período pouco abordado no âmbito acadêmico. Objetiva-se, por fim, incentivar estudos e pesquisas sobre uma nova perspectiva da cidade.
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    A estrutura fundiária da freguesia de São João Batista nos registros paroquiais de terras (1855-1865).
    (2023) Santos, Rhayane Cristine dos; Carrara, Ângelo Alves; Carrara, Ângelo Alves; Andrade, Mateus Rezende de; Andrade, Francisco Eduardo de
    Esta pesquisa tem por objeto o processo de ocupação da terra na freguesia de São João Batista no Vale do Jequitinhonha, durante a segunda metade do século XIX (1855-1865). Para além dos elementos jurídicos que envolvem este estudo, a ênfase será dada à prática concreta que os moradores desta freguesia estabeleceram com suas respectivas unidades de produção. Nesse sentido, devem ser consideradas como instituições tanto a legislação como os usos e costumes adotados. Entre as fontes que alicerçam esta pesquisa, estão os Registros Paroquiais de Terras, a legislação e os documentos da Câmara Municipal, bem como a cartografia histórica. A metodologia adotada envolve a análise quantitativa e qualitativa, mas em especial o geoprocessamento aplicado à História Agrária.
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    Futuros precários e o fenômeno youtuber : história, neoliberalismo e temporalidade.
    (2022) Silva, Marcela Guimarães; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Pereira, Luisa Rauter; Silveira, Pedro Telles da
    Este trabalho surgiu a partir de uma preocupação do próprio lugar de atuação do historiador frente às mudanças na esfera do trabalho e da maneira com que as novas tecnologias têm sido agenciadas em um contexto de governança neoliberal. O cenário em que ele foi desenvolvido estará presente, permeando todo o texto. De maneira prática, ele foi dividido em dois capítulos que tem como objetivo pautar a discussão sobre a precarização do trabalho e do agenciamento das novas tecnologias, sendo eles: I) sobre o neoliberalismo e II) sobre o fenômeno youtuber, que dança entre a promessa de inovação e a escassez de alternativas no mundo do trabalho. Em suma, a dissertação é fruto de uma jornada não linear de mestrado, pensada, também, sobre as perspectivas de futuro do jovem universitário, que ainda procura contar com a proteção das instituições.
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    "Por Cristo e pela Pátria” : aspectos político-religiosos na instauração da Igreja Católica Apostólica Brasileira em Alagoas (1970 a 1973).
    (2023) Oliveira, Fabrizia Santana da Silva; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Guisolphi, Anderson Jose; Zanotto, Gizele; Franco, Irineia Maria
    Esta dissertação tem como objetivo principal compreender o processo de instauração e expansão inicial da Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) em Alagoas, sob o bispado de Dom Wanillo Galvão Barros, de modo a interpretar os aspectos político-religiosos que nele incidiram entre 1970 a 1973. Antes e durante seu bispado, Dom Wanillo Galvão entrecruzou atuações em diversas áreas (liderança de uma patrulha anticomunista, participação em um partido político etc.), assim constituindo importantes sociabilidades, a maioria das quais contribuiu para o fortalecimento da ICAB em Alagoas. Simultaneamente, ele veiculava inúmeros discursos na imprensa e nas redes de divulgação católicas, buscando legitimar a instituição na qual exercia o episcopado mediante uma prática intelectual. A pesquisa atenta às especificidades da ICAB de Alagoas numa tríplice abordagem: em relação às perspectivas dessa instituição por ocasião de sua fundação, em 1945; às tensões e conflitos travados com a Igreja Católica Romana (ICAR), que dificultaram a realização do projeto ecumênico idealizado pelo eclesiástico que criou a ICAB; a configuração anticomunista e autoritária (nos moldes integralistas), em termos políticos, bem como conservadora e tradicionalista, no aspecto religioso, conferido à ICAB por Dom Wanillo.
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    Cozinheiro Nacional : uma análise da obra como marco da valorização da cultura gastronômica brasileira.
    (2022) Santos, Thiago de Vasconcellos; Silveira, Anny Jackeline Torres; Silveira, Anny Jackeline Torres; Mollo, Helena Miranda; Meneses, José Newton Coelho
    Esta dissertação de mestrado focaliza Cozinheiro Nacional, um manual de culinária de autoria desconhecida publicado no Brasil na década de 1890. O livro veio a público em um contexto especifico da história brasileira, caracterizada, por um lado, pela proliferação de estabelecimentos abertos ao público e onde se servia comida, e de outro, por um discurso nacionalista que intencionava estabelecer uma identidade pra o Brasil, em contraposição à tradição portuguesa, que baseou a constituição do mundo colonial e o período imperial. Ancorando-se nesse discurso nacionalista, a obra era apresentada como primeiro manual focalizando uma arte culinária voltada para o gosto nacional. Oferecendo pratos cujo preparo privilegiaria os insumos encontrados no território brasileiro, a obra afirmava-se como alternativa aos manuais culinários até então disponíveis, cuja culinária era predominantemente europeia. Propomos discutir se Cozinheiro Nacional pode ser efetivamente entendido como expressão da cozinha brasileira. Para investigar essa questão realizamos uma análise minuciosa do receituário presente no livro, buscando identificar técnicas, modos de preparo e ingredientes nele manejados, contrastando-o com outras referências sobre a alimentação brasileira no século XIX. A abordagem é pautada por uma perspectiva analítica fundamentada na contextualização histórica da obra, buscando entendê-la como inscrita na atmosfera do seu tempo, no momento político-cultural no qual veio a público. O texto dialoga com a produção historiográfica relativa à História da Alimentação, percebendo as práticas e valores associados à comida e ao comer como expressões culturais, portanto, como espaço de entrecruzamento de influências e heranças diversas.
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    "Com Perón até a morte!" : Revista El Caudillo de la Tercera Posición e a cultura política da direita peronista (Argentina, 1973- 1975).
    (2023) Miranda, Taillan Rivail Ismael de; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Costa, Adriane Aparecida Vidal; Nava Sánchez, Alfredo
    Esta dissertação analisa a revista El Caudillo de la Tercera Posición, publicada na Argentina entre 1973 e 1975 e produzida pelas militâncias à direita do movimento peronista. O contexto histórico no qual a publicação circulou corresponde o triênio de governo constitucional do peronismo (1973-1976) que antecedeu o golpe militar de 1976. Nesse triênio, a Argentina atravessou um processo de repressão política intensiva sobre um vasto conjunto de atores sociais em estado de insurgência ou contestação da ordem capitalista vigente no país, como as diversas organizações guerrilheiras, setores combativos dos movimentos estudantil e operário, movimentos de gênero-sexualidade, artistas, intelectuais e políticos progressistas e a esquerda socialista do peronismo denominada de Tendência Revolucionária, cujo centro de gravidade era a guerrilha dos Montoneros. Sobre esse conjunto de atores sociais mobilizados avançou um complexo contra insurgente composto por atores reacionários do Estado e da sociedade civil, provocando a escalada da violência política em uma repressão desproporcional que se valeu de mecanismos legais e ilegais para perseguir e exterminar a insurgência social. No interior desse complexo encontravam-se as militâncias da chamada “direita peronista”. O presente trabalho tem como objetivo compreender como a direita peronista mobilizou sua cultura política para atuar no processo repressivo contra os setores insurgentes na Argentina de 1973-1976. Para atingir tal objetivo, examinamos as representações e práticas da direita peronista divulgadas por El Caudillo. A análise põe em diálogo a materialidade e o substrato ideológico da revista, abrindo-se a diferentes aportes teóricos, tais como os conceitos de cultura política, representação, imaginário e violência, como também as propostas metodológicas para análise de revistas culturais latino-americanas. Desse modo, é possível identificar a mobilização feita por El Caudillo, para fins repressivos e contra insurgentes, do arcabouço de representações anticomunistas, antiliberais, antissemitas e ultranacionalistas da direita peronista.
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    Miguelismo : entre o absolutismo e o Estado de exceção - institucionalidade e justiça no regime de D. Miguel de Bragança (1828-1834).
    (2022) Abade, Luciano dos Santos; Gonçalves, Andréa Lisly; Gonçalves, Andréa Lisly; Formiga, Francis Albert Cotta; Almeida, Raphael Rocha de
    Esta dissertação aborda o Governo de Dom Miguel (1828-1834) a partir de uma análise jurídico-institucional com o objetivo de estabelecer a natureza de seu governo. Ao suspender direitos e garantias civis, usar aparato do Estado para perseguir detratores e usar a violência como instrumento de governo, o regime miguelista política e ideologicamente se amolda a um modelo de Estado absolutista? De que forma o exercício do poder pela força e a suspensão das garantias civis e individuais é medida extraordinária típica de um Estado de Exceção ou tais fatores são inerentes ao processo contrarrevolucionário? Na tentativa de resposta a estas questões, a presente dissertação norteou-se pela pesquisa da institucionalidade do regime miguelista, a partir do levantamento dos processos políticos instaurados contra os opositores. Do ponto de vista historiográfico, percebeu-se a necessidade de se interpretar o período a partir de um ponto de vista que supere o dualismo das perspectivas liberal, que representa o Miguelismo como governo de usurpação e que tem por objetivo a simples restauração do Estado absolutista, e da abordagem antiliberal que elabora uma narrativa apologética do miguelismo, desprendida da ação política, e que o concebe como a concretização de um passado ideal, para acomodar o Miguelismo dentro de um contexto maior e multifacetado, um processo histórico complexo, interpretado como elemento constitutivo da história de Portugal e integrado ao movimento da contrarrevolução europeia do século XIX.