Associação entre dieta hipergcídica e exercício físico modifica o metabolismo e a expressão gênica no tecido adiposo.

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Data
2010
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
O fenótipo de obesidade tem sido atribuído a questões multifatoriais. Uma dieta mal balanceada, associada ao sedentarismo, tem contribuído para a alta incidência da patologia, além de provocar alterações nos parâmetros plasmáticos do metabolismo de carboidratos e lipídeos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da dieta hiperglicídica em associação ao treinamento físico em esteira sobre a distribuição dos tecidos adiposos (TA) retroperitoneal, inguinal e marrom (TAM) e os níveis plasmáticos de leptina, insulina e NEFAs, bem como a capacidade de realização de trabalho dos animais treinados em esteira e a expressão relativa de Ucp1, Adra2 e Adrb3 no TAM e receptor de insulina, leptina e seu receptor, Ucp2, Adra2 e Adrb3 no TA retroperitoneal. Ratos Wistar recém-desmamados (28 dias) foram distribuídos em grupos: dieta controle balanceada sedentário (CS); dieta controle balanceada treinado em esteira (CTE); dieta hiperglicídica sedentário (DS) e dieta hiperglicídica treinado em esteira (DTE). O treinamento físico em esteira teve aumentos graduais na intensidade do exercício, cinco vezes por semana, com duração de quatro ou oito semanas. Após este período, os animais foram decapitados, os TA pesados e os níveis plasmáticos de leptina, insulina e NEFAs determinados. Posteriormente, os níveis de mRNA dos genes descritos acima foram verificados pela metodologia de qRT-PCR, com o método do 2-Cq. O gene rRNA18S foi escolhido como normalizador. Os resultados obtidos mostram que o treinamento em esteira não reverte o aumento de peso dos TA induzidos pela dieta. Entretanto, para os animais que receberam dieta controle balanceada, houve redução na adiposidade após quatro semanas. Os níveis plasmáticos de leptina aumentaram nos grupos DS, e a hiperleptinemia foi reduzida pelo treinamento em esteira apenas durante quatro semanas. Os níveis de insulina não foram alterados, havendo uma redução do hormônios apenas para o grupo DTE por quatro semanas. Os níveis de NEFAs não apresentaram diferenças e a melhora na capacidade de realização de trabalho nos animais foi observada a partir de quatro semanas de treinamento em esteira. A expressão gênica relativa apresentou um padrão diferencial quando comparamos os dois períodos detreinamento. Ocorreu um aumento na expressão de Leptina no TA retroperitoneal dos grupos DS que foi bloqueado pela a associação da dieta com o treinamento. Um efeito similar foi observado na expressão da Ucp2 no TA retroperitonial. Também foi observado um aumento na transcrição de Ucp1 e Adrb3 no TAM. A análise dos dados apresentados sugere que um período de 5 semanas de dieta é suficiente para o estabelecimento de um modelo de obesidade e que a capacidade de realização de trabalho é aumentada pelo treinamento físico em esteira a partir de 4 semanas. Além do mais, o treinamento físico provoca alterações no perfil metabólico que não são mantidas após 8 semanas, havendo uma adaptação dos animais ao desafio proposto e o estabelecimento de alterações metabólicas mais atenuadas no tecido adiposo.
Descrição
Palavras-chave
Nutrição, Tecido adiposo, Exercícios fisicos, Obesidade
Citação
QUEIROZ, K. B. Associação entre dieta hipergcídica e exercício físico modifica o metabolismo e a expressão gênica no tecido adiposo. 2010. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.