Associação da variabilidade da frequência cardíaca com parâmetros antropométricos e fisiológicos em professores da Universidade Federal de Ouro Preto.

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Data
2018
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Resumo
O presente estudo objetivou avaliar se o estresse psicológico, as variáveis antropométricas e clínicas influenciam a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso de professores. Participaram 80 professores universitários, de ambos os sexos, que tiveram os seguintes parâmetros coletados: 1) antropometria: massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura quadril (RCQ) e percentual de gordura corporal (%G); 2) Estresse: inventário de sintomas de estresse para adultos de Lipp, estresse no trabalho (demanda, controle e apoio social) e escala de eventos vitais; 3) Variáveis clínicas: pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e frequência cardíaca de repouso (FCrep); 4) Componentes parassimpáticos da VFC: Raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os intervalos RR (RMSSD), número de diferenças sucessivas entre os intervalos RR que são >50ms (NN50) e alta frequência (HF). Foram gerados quatro componentes principais (CPs) que representou 68,39% da variação total dos dados. O CP1 englobou IMC, CC, RCQ, PAS e PAD e foi denominado componente de boa regulação cardíaca. O CP2 englobou eventos vitais, sintomas de estresse em 24 horas, uma semana e um mês, sendo denominado componente de sintomas reduzidos de estresse. O CP3 incluiu demanda e apoio social e foi nomeado componente de condições laborais favoráveis. O CP4 foi composto pelo controle e FCrep, sendo denominado componente de descontrole laboral e fisiológico. Modelos de regressão usaram cada CP como variável independente e cada parâmetro da VFC como variável dependente. Os resultados mostraram que o RMSSD associou-se positivamente com o CP2. O NN50 associou-se positivamente com o CP2 e negativamente com o CP3. O HF associou-se negativamente com o CP3 e CP4. Concluímos que os parâmetros parassimpáticos da VFC associaram-se de forma positiva com os componentes dos sintomas reduzidos de estresse e de forma negativa com os componentes de condições laborais favoráveis e descontrole laboral e fisiológico. Esses componentes parecem, portanto, serem os mais relacionados à atividade parassimpática cardíaca dos professores, e dessa forma, merecem maior destaque em pesquisas futuras.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Variabilidade do batimento cardíaco, Stress - fisiologia, Antropometria, Pressão arterial
Citação
ROSÁRIO, Nacha Samadi Andrade. Associação da variabilidade da frequência cardíaca com parâmetros antropométricos e fisiológicos em professores da Universidade Federal de Ouro Preto. 2018. 74 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.