O embasamento arqueano e paleoproterozóico do orógeno Araçuaí.
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Data
2007
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Resumo
O embasamento do Orógeno Araçuaí compreende essencialmente os complexos Guanhães, Gouveia, Porteirinha,
Mantiqueira e Juiz de Fora. Os quatros primeiros possuem caráter autóctone a para-autóctone e
representam o embasamento cratônico retrabalhado no domínio orogênico. O Complexo Juiz de Fora está
tectonicamente justaposto ao Complexo Mantiqueira por meio de extensa zona de cisalhamento neoproterozóica,
a Falha de Abre Campo. Os complexos Guanhães, Gouveia e Porteirinha assemelham-se ao arcabouço
arqueano do Quadrilátero Ferrífero, incluindo gnaisses e migmatitos TTG (tonalito-trondhjemito-granodiorito,
plutons graníticos e seqüências do tipo greenstone belt. As idades conhecidas de eventos e unidades
geológicas, entretanto, não são perfeitamente correlatas àquelas do Quadrilátero Ferrífero. No Complexo
Guanhães os gnaisses/migmatitos TTG foram datados entre 2867 e 2711 Ma, e um corpo granítico em 2710
Ma. No Complexo Gouveia ocorre uma sequência greenstone belt de 2971 Ma, e uma intrusão granítica foi
datada em 2839 Ma. Datações U-Pb não estão disponíveis para o Complexo Porteirinha.
O Complexo Mantiqueira é composto predominantemente por ortognaisses bandados, cuja cristalização
magmática ocorreu no intervalo 2180-2041 Ma. Os dados isotópicos de Sr e Nd sugerem uma origem por
processos de fusão de crosta continental antiga. Já os ortognaisses granulíticos do Complexo Juiz de Fora
possuem assinatura isotópica dominantemente juvenil e cristalizaram entre 2134 e 2084 Ma. A associação
de rochas do Complexo Mantiqueira corresponde a arco(s) magmático(s) desenvolvido(s) sobre a margem
do paleocontinente arqueano, enquanto o Complexo Juiz de Fora parece representar um arco intra-oceânico.
Estes complexos constituem segmentos de um orógeno riaciano, desenvolvido entre 2,2 e 2,05 Ga, e retrabalhado
pela Orogenia Brasiliana.
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Citação
NOCE, C. M. et al. O embasamento arqueano e paleoproterozóico do orógeno Araçuaí. Geonomos, v. 15, p. 17 - 23, 2007. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistageonomos/article/view/11629>. Acesso em: 20 de jun. 2017.