Petrogênese e idade química U-Th-Pb dos pegmatitos de Itambé (BA) registradas pela monazita.

Resumo
Imagens de elétrons retro-espalhados e microanálises químicas por microssonda eletrônica foram obtidas a partir de cristais de monazita pertencentes aos pegmatitos Bananeira, Itambé, Coqueiro, Cavada e Paraíso do município de Itambé-BA, inseridos na Província Pegmatítica Oriental Brasileira (PPOB). Os cristais mostram-se homogêneos, ou seja, livres de domínios/zoneamentos composicionais e seus teores de U, Th e Pb permitiram a obtenção de idade química média de 502 Ma para o distrito pegmatítico de Itambé. Seus padrões de terras raras normalizados ao condrito mostram anomalia positiva de Sm, elemento fortemente particionado em anfibólio. Esta anomalia sugere que no contexto pós-colisional do Orógeno Araçuaí houve a fusão parcial da rocha encaixante biotita-hornblenda gnaisse durante o processo de descompressão regional associado ao colapso do orógeno, gerando um magma granítico hidratado o bastante para permitir o avolumado crescimento de cristais dos pegmatitos de Itambé, incluindo a monazita. Este mineral atua, portanto, não só como um geocronômetro, mas também como importante indicador petrogenético dos pegmatitos estudados.
Descrição
Palavras-chave
Datação U-Th-Pb por microssonda eletrônica, Indicador petrogenético
Citação
FERREIRA, R. de. M. G. et al. Petrogênese e idade química U-Th-Pb dos pegmatitos de Itambé (BA) registradas pela monazita. Geochimica Brasiliensis, Rio de Janeiro, v. 34, n. 1, p. 59-71, jul. 2020. Disponível em: <https://geobrasiliensis.emnuvens.com.br/geobrasiliensis/article/view/628>. Acesso em: 24 mar. 2021.