Uso de fluorescência em um método de disector modificado para estimar o número de miócitos no tecido cardíaco.

Resumo
Fundamento: Métodos convencionais de disector atualmente requerem consideráveis custos financeiros, técnicos e operacionais para estimar o número de células, incluindo cardiomiócitos, em uma área de 3D. Objetivo: Usar a microscopia de fluorescência em um método de disector modificado para determinar o número de miócitos no tecido cardíaco em condições normais e patológicas. Métodos: O estudo empregou ratos Wistar machos com quatro meses de idade e peso de 366,25 ± 88,21 g randomizados em grupos controles (GC, n = 8) e infectados (GI, n = 8). Os animais do GI foram inoculados com cepa Y de T. cruzi (300.000 tripomastigotas/50 g). Após oito semanas, os animais foram pesados e sacrificados. Os Ventrículos Esquerdos (VE) foram removidos para análise estereológica da densidade numérica de cardiomiócitos (Nv [c]) e o número total dessas células no VE (N [c]). Esses parâmetros foram estimados usando um disector fluorescente (DF) e comparados com os métodos convencionais de disector óptico (DO) e disector físico (DFi). Resultados: Em ambos os métodos de disector, os animais do GI apresentaram queda significativa de Nv[c] e N[c] em comparação com os animais do GC (p > 0,05). Uma correlação forte, igual ou superior a 96%, foi obtida entre DF, DO e DFi. Conclusão: O método DF parece ser igualmente confiável para determinar Nv[c] e N[c] em condições normais e patológicas, apresentando algumas vantagens em relação aos métodos convencionais de disector: redução de cortes histológicos e imagens na análise estereológica, redução do tempo de análise das imagens, a construção de DF em microscópios simples, utilizando o modo de epifluorescência, distinção de planos de disector em ampliações inferiores.
Descrição
Palavras-chave
Cardiomiócitos, Coração, Morfologia
Citação
NOVAES, R. D. et al. Uso de fluorescência em um método de disector modificado para estimar o número de miócitos no tecido cardíaco. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 98, p. 252-258, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/v98n3/aop01312.pdf>. Acesso em: 21 out. 2015.