Uso de geoprocessamento para indicação de áreas favoráveis à construção de aterro sanitário no município de Ouro Preto (MG).

Abstract

A disposição de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em lugares inadequados, como nos lixões, além de poluir o meio ambiente favorece a proliferação de vetores transmissores de doenças. Apesar do atual sistema de disposição de resíduos sólidos de Ouro Preto, o Aterro do Marzagão, ter sido projetado e implantado corretamente, atualmente esse aterro controlado funciona semelhante a um lixão. A fim de acabar com os danos sociais, econômicos e ambientais causados pela disposição incorreta dos resíduos sólidos, a LEI 12.305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta lei estabelece dentre algumas sanções a que todos os municípios do Brasil devem transformar, até 2014, seus depósitos inadequados de resíduos em aterros sanitários ambientalmente sustentáveis. Baseado na Política Nacional de Resíduos Sólidos e na situação atual do sistema de disposição de RSU do município, este trabalho tem como objetivo principal gerar um mapa identificando as áreas favoráveis à implantação de um novo aterro. Utilizando a análise multicritérios e o método booleano, foi possível realizar a seleção e classificação de terrenos a partir de técnicas de geoprocessamento pautadas em critérios geoambientais. O resultado obtido gerou um mapa classificando áreas como inaptas, restritas, moderadas e favoráveis à implantação de um aterro sanitário no município de Ouro Preto.