Oxidação de fármacos por cloro e formação de subprodutos em amostras aquosas em escala de bancada.

Resumo
Fármacos e desreguladores endócrinos são encontrados em águas naturais brasileiras, incluindo alguns mananciais de abastecimento, também em função da baixa cobertura de coleta e tratamento de esgotos no Brasil. Nesse cenário, o presente trabalho intentou avaliar a remoção de três fármacos - sulfametoxazol (SMX), diclofenaco (DCF) e 17β-estradiol (E2) - em água destilada por meio da oxidação com cloro (hipoclorito de sódio), variando-se a dose de cloro e o tempo de contato em ensaios de batelada. As soluções cloradas foram analisadas, ainda, por cromatografia acoplada à espectrometria de massas para identificação de eventuais subprodutos de oxidação. Para tempo de contato de 10 min e dose de cloro de 1,5 mg.L-1, foi observada remoção média de 61% para DCF, 36% para E2 e 33% para SMX. Apenas para o DCF verificou-se diferença estatisticamente significativa (α=0,05) para dose de cloro de 3,0 mg.L-1. A oxidação seguiu modelo cinético de pseudossegunda ordem, com valores de k2 de 0,0168 L.µg.min-1 para SMX (para ambas doses testadas), de 0,0133 e 0,0798 L.µg.min-1 para DCF, e de 0,0326 e 0,0289 L.µg.min-1 para E2, para doses de cloro de 1,5 e 3,0 mg.L-1, respectivamente. Por fim, verificou-se que o aumento do tempo de contato favoreceu a oxidação dos fármacos, ainda que com a perspectiva de formação de subprodutos para SMX e E2.
Descrição
Palavras-chave
Desreguladores endócrinos, Tratamento de água, Microcontaminantes orgânicos, Desinfecção, Endocrine disrupting compounds
Citação
SOUZA, B. P. de et al. Oxidação de fármacos por cloro e formação de subprodutos em amostras aquosas em escala de bancada. Engenharia Sanitaria e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 207-216, mar./abr. 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-41522018000200207&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 7 mar. 2019.