Uso de sistemas alagados construídos no tratamento de águas negras em áreas rurais.

Resumo
A deficiência do planejamento na área de saneamento básico é um fator relevante para a criticidade da saúde pública, qualidade de vida, degradação ambiental e desenvolvimento do país. Esta situação se agrava em áreas rurais, devido ao alto custo de instalação e manutenção de sistemas convencionais. Neste contexto, o sistema Alagado Construído (SAC) surge como alternativa promissora, sendo sua implementação e manutenção relativamente simples, possibilidade de utilizar materiais acessíveis e elementos paisagísticos. Diante de tais perspectivas, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar o tratamento de águas negras por meio do Sistema de Alagado Construído para uma residência em área rural na região do Rio Piracicaba/MG. A espécie vegetal utilizada foi a Typha domingensis (Taboa) e foram realizadas análises de DBO, nitrogênio total, fósforo, turbidez, pH e sólidos totais. Como resultado, observou-se que a taboa apresentou adequada adaptação ao sistema. O SAC proporcionou satisfatória eficiência na redução dos parâmetros avaliados, com destaque para a turbidez, que atingiu 95,5% de remoção, indicando alta taxa de remoção de sólidos suspensos. A remoção de DBO também foi significativa, com média de 78,2%. A redução de fósforo atingiu 84% enquanto o nitrogênio foi atenuado em 41%, em média. O sistema apresentou ainda uma eficiência de 88,6% na remoção de sólidos totais e o pH se manteve próximo a neutralidade. Diante dos resultados, verifica-se que o lançamento do efluente sanitário da residência analisada atende às condições exigidas pela legislação ambiental brasileira e corrobora a viabilidade de implementação do sistema alagado construído em áreas rurais.
Descrição
Palavras-chave
Saneamento rural, Tratamento de águas residuárias, Esgoto doméstico, Rural sanitation, Wastewater treatment
Citação
SOUZA, T. D. de et al. Uso de sistemas alagados construídos no tratamento de águas negras em áreas rurais. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, 2020. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9296>. Acesso em: 29 abr. 2022.