Análise geoquímica da água e das relações entre carbono orgânico dissolvido (COD) e elementos metálicos, em lagoas, brejos e córregos no noroeste, leste e sudeste do Quadrilátero Ferrífero/MG.
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Data
2011
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
Para avaliar as características geoquímicas da água de algumas lagoas, brejos e córregos localizados na porção Noroeste, Leste e Sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, determinar a origem litológica ou a influência antrópica de alguns elementos metálicos, e verificar a relação existente desses com o carbono orgânico dissolvido (COD), foi realizado um estudo geoquímico ambiental. Este estudo envolveu a análise dos parâmetros físico-químicos das águas, dentre os quais, a temperatura, pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, turbidez, alcalinidade, cloreto, e a determinação de elementos metálicos maiores e traço, como, K, Fe, Al, Mn, Mg, Ca, Cu, Cr, Co, Ti, Ni, Pb, Zn, Mo e V. Os resultados obtidos foram comparados com os valores propostos pela Resolução CONAMA 357/05 para a classificação das águas nas Classes 1, 2 e 3. Posteriormente foi verificada as correlações dos elementos metálicos entre si e com o COD. A metodologia utilizada foi a extração das Substâncias Húmicas Aquáticas (SHA), em colunas empacotadas com resina tipo XAD-8, objetivando compreender como essas substâncias influenciam o acúmulo e a concentração das espécies metálicas. Os resultados observados indicam aumento de concentrações da maioria metais após passarem pela coluna de extração (enriquecimento), juntamente com o COD nas amostras. Os maiores aumentos foram verificados nos elementos traço como, Cu, Ti e Zn. Correlações positivas entre os alguns dos elementos detectados nas análises, como Ca e Mg, e Ca e K, mostram que a maior parte desses metais presentes na água apresenta fonte geogênica, e não antropogênica. Observou-se que o único elemento encontrado com valores acima do permitido pela Resolução CONAMA (375/05), foi o cobre, o que pode ser explicado pela litologia local, já que as águas são influenciadas por xistos verdes e filitos, pertencentes ao Grupo Nova Lima do Supergrupo Rio das Velhas. Observou-se também, que na amostra ACSH 8, não se pode descartar uma possível contaminação antropogênica, pois parâmetros como condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (STD) e alcalinidade, apresentaram valores muito altos, o que é devido à presença da grande concentração dos íons, como K+ e Ca +2 nestas águas. Além disso esta amostra localiza-se próxima a habitações urbanas. Além da análise dos elementos metálicos maiores e traço, foram feitas experiências com as águas do ponto de amostragem ACSH 7, Serra do Caraça, as quais foram adicionados alguns metais selecionados e padronizados em laboratório. Para análise do comportamento dos metais em relação ao COD foram adicionados os elementos Ti, Fe, Cu, Co, Ni, Cr, Mn, e a soma de todos, de maneira que se pode comparar as amostras com adição desses elementos antes e após passar pela coluna de extração. Os resultados encontrados foram surpreendentes. Verificou-se que nem todos os elementos aumentaram suas concentrações depois da extração, como se esperava. Por exemplo, o Ti e Fe, tiveram suas concentrações diminuídas. Aumentaram-se apenas os teores de Cu, Co, Ni, Cr e Mn em suas respectivas amostras. Já na amostra, contendo a soma de todos elementos acrescentados (ACSH 7hh) observou-se que após passar pela coluna de extração, as concentrações dos elementos Co, Cr, Cu, Mn e Ni, diminuíram, aumentando apenas os teores de Ti e Fe, ou seja o contrário do que aconteceu nas amostras onde os elementos foram acrescentados isoladamente.
Descrição
Palavras-chave
Geoquímica ambiental, Quadrilátero Ferrífero, Carbono orgânico dissolvido, Engenharia geológica, Elementos metálicos
Citação
CRAVEIRO, A. C. S. Análise geoquímica da água e das relações entre carbono orgânico dissolvido (COD) e elementos metálicos, em lagoas, brejos e córregos no noroeste, leste e sudeste do Quadrilátero Ferrífero/MG. 2011. 125 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.