A história como um pesadelo feminino : uma análise de The Handmaid’s Tale e The Testaments, de Margaret Atwood.

dc.contributor.advisorGalery, Maria Clara Versianipt_BR
dc.contributor.authorGonçalves, Aline Machado
dc.contributor.refereeGalery, Maria Clara Versianipt_BR
dc.contributor.refereeMaciel, Emílio Carlos Roscoept_BR
dc.contributor.refereeOliveira, Natália Fontes dept_BR
dc.date.accessioned2023-10-26T18:02:55Z
dc.date.available2023-10-26T18:02:55Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractNessa dissertação intitulada “A história como um pesadelo feminino” são analisados os romances distópicos The Handmaid’s Tale e The Testaments da escritora canadense Margaret Atwood publicados, respectivamente, em 1985 e 2019. O objetivo é mostrar como o texto atwoodiano sugere a história como pesadelo feminino. Partindo da concepção de intertextualidade como “memória da literatura”, foram mobilizadas diferentes referências históricas e tradições literárias com as quais os romances dialogam. Por isso, a dissertação foi dividida em quatro capítulos. No primeiro, apresenta-se como a recepção crítica analisa as obras e destaca-se como a questão étnico-racial no Gileadverso, isto é, no universo fictício de Gilead, vem sendo esquecida. No segundo, discute-se a inserção das distopias estudadas na tradição utópica e distópica e a subversão empreendida pelo texto atwoodiano quanto à representação feminina nessa tradição. Destaca-se, além disso, como a sátira é um elemento presente na gênese da utopia enquanto gênero. No terceiro capítulo, mobiliza-se as discussões de Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Aleida Assmann, Paul Connerton, e Jan Assmann e conceitos como os de “memória individual”, “memória coletiva” e “memória cultural” para mostrar como um Estado pode, intencionalmente, interferir e manipular as memórias dos indivíduos que nele vivem, qual é o caso do fictício Estado totalitário fundamentalista misógino de Gilead. No quarto capítulo, partindo dos trabalhos de Giorgio Agamben e Paul Ricoeur, discute-se quem são testemunhas de eventos históricos e como elas podem (ou não) ter seus relatos validados. Ainda nesse capítulo, questiona-se com o auxílio de Joan Scott, Gayatri Spivak e Michelle Perrot o discurso acadêmico da presumida “transparência” na prática científica que esconde posturas fortemente ideológicas e, muitas vezes, misóginas. Conclui-se que a história como um pesadelo feminino não é uma exclusividade das narradoras, sendo uma referência ao tratamento dispensado às testemunhas femininas ao longo do tempo.pt_BR
dc.description.abstractenIn this work entitled “History as a female nightmare”, we analyze the dystopian novels The Handmaid’s Tale and The Testaments by the Canadian author Margaret Atwood published, respectively, in 1985 and 2019. Our objective is to show how the Atwoodian text suggests History as a female nightmare. By using the concept of intertextuality as the “memory of literature” we explored different historical references and literary traditions used in the novels. Therefore, this work is divided into four chapters. In the first one, we present the critical reception of the dystopias and highlight how the ethnic-racial issue has been overlooked. In the second one, we discuss how the novels belong to the utopian/dystopian tradition and how the Atwoodian text subverts it concerning to the common way in which women are represented in it. Additionally, we emphasize the satire as an element of the utopian genre since its beginning. In the third chapter, we explore the works of Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Aleida Assmann, Paul Connerton, and Jan Assmann and concepts such as “individual memory”, “collective memory” and “cultural memory” in order to show how a State might, intentionally, interfere and manipulate the memories of its inhabitants, which is the case in the totalitarian fundamentalist misogynist State of Gilead. Finally, in the fourth chapter, based on the discussions of Giorgio Agamben e Paul Ricoeur, we examine who can be defined as witnesses of historical events and how they can have their testimony validated (or not). Moreover, in this chapter, we question with the help of Joan Scott, Gayatri Spivak e Michelle Perrot the academic discourse of a presumed “transparency” in the scientific practice that conceals strongly ideological and often misogynistic perspectives. We conclude that History as a female nightmare is not exclusively an experience of the narrators, rather a reference to the treatment given to the female witnesses throughout time.pt_BR
dc.identifier.citationGONÇALVES, Aline Machado. A história como um pesadelo feminino: uma análise de The Handmaid’s Tale e The Testaments, de Margaret Atwood. 2023. 150 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17655
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 18/10/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectMargaret Atwoodpt_BR
dc.subjectTestemunhopt_BR
dc.subjectFeminismopt_BR
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.titleA história como um pesadelo feminino : uma análise de The Handmaid’s Tale e The Testaments, de Margaret Atwood.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR

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