Avaliação da resposta imune de camundongos Balb/c vacinados com antígeno de Leishmania chagasi durante um período de desnutrição protéico‐calórica.
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Data
2009
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Editor
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
A desnutrição protéico‐calórica (DPC), as deficiências dos elementos ferro e zinco e a leishmaniose visceral (LV ou calazar) constituem importantes problemas de saúde pública, os quais afetam milhões de pessoas no mundo todo. Apesar de ser amplamente aceito que a imunidade ou a susceptibilidade a doenças infecto‐parasitárias estão diretamente relacionadas com o estado nutricional do hospedeiro, os mecanismos que governam a relação entre a PEM e a LV são múltiplos e pouco explorados. Especificamente sobre os efeitos da DPC sobre a vacinação contra a LV, nenhum estudo foi encontrado. Assim, foi avaliado neste estudo os efeitos da DPC associada à deficiência de ferro e zinco na resposta imune de camundongos BALB/c induzida pela vacinação com antígeno de Leishmania chagasi administrada durante um período de deficiência nutricional. Inicialmente os animais foram divididos em dois grupos: desnutrição (alimentados com dieta contendo 3% de caseína e deficiente em ferro e zinco) e controle (alimentados com dieta contendo 14% de caseína, contendo concentrações adequadas de ferro e zinco). Após o estabelecimento da desnutrição (avaliada através do acompanhamento semanal da massa corpórea e da medição de parâmetros bioquímicos: concentração de proteínas totais, albumina, globulinas e hemoglobina), os animais receberam os tratamentos. Camundongos dos grupos controle e desnutrição foram inoculados com solução salina tamponada com fosfato (PBS), saponina (adjuvante vacinal) ou com antígeno (Ag) de L. chagasi + saponina (vacina) (três doses dos tratamentos e da vacina foram aplicadas nos animais pela via subcutânea com uma semana de intervalo). Após uma semana da vacinação, os camundongos desnutridos foram recuperados nutricionalmente e quatro semanas após a terceira dose da vacina, todos os animais foram desafiados com 1 x 107 formas promastigotas de L. chagasi pela vida endovenosa. Quatro semanas após o desafio, os camundongos foram sacrificados e a carga parasitária hepática e esplênica, bem como a produção das citocinas IFN‐γ e IL‐4 e de óxido nítrico (NO) por esplenócitos, foram determinadas. Foi observado que a vacina de Ag de L. chagasi + saponina causou uma redução significativa na carga parasitária hepática e esplênica nos animais do grupo controle (redução de 96,1% e 94,9%, respectivamente). Entretanto, nos camundongos vacinados durante a DPC, a vacina causou uma menor redução (estatisticamente significativa) na carga parasitária tanto do fígado (57,7% de redução) quanto do baço (81,4% de redução). Além disso, observou‐se que a vacina induziu uma menor produção de IFN‐γ (estatisticamente significativa) nos animais do grupo desnutrição em comparação com os animais do grupo controle. Com relação à IL‐4, foi observado que a vacina suprimiu a produção da citocina n
Descrição
Palavras-chave
Desnutrição protéico-calórica, Vacinação, Leishmania chagasi, Leishmaniose visceral
Citação
PINTO, G. M. Avaliação da resposta imune de camundongos Balb/c vacinados com antígeno de Leishmania chagasi durante um período de desnutrição protéico‐calórica. 2009. 82 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.