O agressor, de Rosário Fusco : o mal ou a paranoia.

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Data
2022
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Resumo
O artigo analisa um romance de Rosário Fusco, O agressor, publicado em 1943 e logo resenhado por Antonio Candido em sua coluna no jornal Folha da Manhã. Diferentemente da avaliação de Candido, no entanto, orientando ao que parece pela defesa tanto do romance nacional quanto de certo realismo na literatura, e que critica no livro de Fusco justamente sua suposta desintegração em relação à “experiência brasileira”, o artigo procura revalorizar O agressor tendo em vista duas aproximações: com Kafka e com o surrealismo. Para isso, busca-se associar o romance ao “método crítico-paranoico”, tal como elaborado por Salvador Dalí, resultado por sua vez de uma leitura que fez das primeiras teorias lacanianas em torno da noção de paranoia, que também são consideradas, em larga medida, no presente artigo. Como se verá, a exemplo do que argumenta Gunther Anders a respeito do autor de O processo, por meio de sua técnica própria de estranhamento, a literatura de Fusco não faz outra coisa senão tocar o cerne da realidade.
Descrição
Palavras-chave
Surrealismo, Lacan
Citação
ROSA, V. L. da. O agressor, de Rosário Fusco: o mal ou a paranoia. O Eixo e a Roda, Belo Horizonte, v. 31, n. 1, p. 46-66, 2022. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/o_eixo_ea_roda/article/view/18485>. Acesso em: 06 jul. 2023.