Análise petrográfica, microestrutural e de química mineral em rochas da suíte Alto Maranhão – Cinturão Mineiro.

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Data
2019
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Resumo
Este estudo é focado nos aspectos petrográficos, microestruturais e de química mineral das rochas presentes a suíte Alto Maranhão, cinturão de granitoides paleoproterozoico – 2130 Ga. Foram estudados enclaves microdioríticos com variáveis graus de alongamento e suas rochas hospedeiras compostas por tonalitos e quartzo-dioritos, em contexto típico de mescla magmática. A primeira etapa desse trabalho foi composta por estudos de campo, necessários para o reconhecimento e definição dos afloramentos, descrição das estruturas e seleção das estações de amostragem. Nesse sentido, diversas estruturas associadas ao contexto da mescla magmática, com nítida preservação dos aspectos ígneos foram observadas, juntamente com grau variável de orientação mineral. Foram destacados os aspectos microestruturais apresentados pelo quartzo e plagioclásio. De maneira geral, os aspectos microestruturais revelam o domínio de feições ígneas a transicionais, caracterizadas pelo alinhamento de plagioclásios, associado com suas formas euédricas à subédricas, granulação grossa e relativa ausência de feições relacionadas à deformação de estado solidus. O quartzo, embora em menor quantidade, revela menor resistência à deformação, quando comparado ao plagioclásio. A análise de forma foi realizada por meio do contorno dos grãos de quartzo e plagioclásio em fotomicrografias ópticas, dispostas em mosaico. Posteriormente foram processadas pelo software SPO. Dados como distribuição da granulação, razões axiais, forma característica dos agregados foram obtidos. Em seguida, com vistas a se determinar o grau de orientação dos cristais de plagioclásio nas amostras de cada estação de estudo, foram plotados estereogramas com a orientação média estatística dos eixos maiores dos plagioclásios X(L). A orientação dos grãos de quartzo em relação à orientação definida pelo plagioclásio também foi estabelecida. Algumas fases específicas foram ainda analisadas por microssonda: plagioclásio, biotita, anfibólio e titanita. O plagioclásio presente no enclave e nas rochas hospedeiras, apresenta, de forma geral, zoneamento químico normal. Foram analisados dois tipos de biotita, a que ocorre como núcleos dentro do anfibólio e a variedade que ocorre isoladamente. Ambas foram classificadas como reequilibradas. O tipo de anfibólio presente nas amostras com menos aspectos de deformação se trata da hornblenda. Já nas amostras com maiores feições de deformação, o anfibólio presente se trata da actinolita. A análise da titanita revelou maior concordância com aquelas de origem ígnea, em relação aos estudos presentes na literatura. Levando-se em conta o contexto regional, sobretudo pela concordância entre os lineamentos Congonhas- Itaverava e Jeceaba-Bom Sucesso em relação aos alinhamentos verificados nos plagioclásios – X(L), em conjunto com os demais estudos, estabeleceu-se, conforme os modelos vigentes na literatura, a provável origem sintectônica da suíte Alto Maranhão, em relação a movimentações direcionais ocorridas em ambos os lineamentos, no decorrer das etapas do evento Transamazônico.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Petrologia, Química mineral, Microestruturas, Rochas ígneas
Citação
VIEIRA, Reginaldo Resende. Análise petrográfica, microestrutural e de química mineral em rochas da suíte Alto Maranhão – Cinturão Mineiro. 2019. 169 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.