Xistos verdes do Alto Araçuaí, Minas Gerais : vulcanismo básico do Rifte neoproterozóico Macaúbas.

Resumo
Os xistos verdes do Alto Araçuaí foram divididos em quatro litofácies, com base em texturas primárias macroscópicas preservadas: i) xistos com estruturas em almofada e disjunções poliedrais, ii) xistos acamadados, iii) brechas, e iv) xistos destituídos de estruturas primárias. A interpretação dos ambientes e processos de formação dessas litofácies aponta interação entre vulcanismo basáltico submarino, sedimentação vulcanoclástica e vulcanismo relacionado a fontes de alta produtividade. O arcabouço litoestrutural indica contatos normais entre os xistos verdes e as rochas metassedimentares da Formação Chapada Acauã. Datação U-Pb (SHRIMP) em zircão limita a idade máxima dos protólitos dos xistos verdes em ca. 1,1 Ga. A idade-modelo Sm-Nd (ca. 1,5 Ga) também indica que os xistos verdes são mais novos que o magmatismo do rifte Espinhaço. Os xistos verdes têm assinatura geoquímica de basalto intraplaca e cristais de zircão herdados de rochas félsicas mais velhas. Entretanto, o valor de Nd(900Ma) ligeiramente positivo (+ 0,23) e amostras com assinatura de basalto oceânico sugerem que o magma máfico teria se formado no estágio tardio do rifte Macaúbas e atravessado crosta continental significativamente adelgaçada. Todos os dados embasam a inserção das rochas estudadas no Membro Rio Preto da Formação Chapada Acauã (Grupo Macaúbas).
Descrição
Palavras-chave
Basalto, Neoproterozóico, Macaúbas, Araçuaí
Citação
GRADIM, R. J. et al. Xistos verdes do Alto Araçuaí, Minas Gerais : vulcanismo básico do Rifte neoproterozóico Macaúbas. Revista Brasileira de Geociências, v. 35, p. 59-69, 2005. Disponível em: <http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/9401>. Acesso em: 04 set. 2014.