Ingestão de polifenóis totais e suas classes : linha de base da coorte de universidades mineiras (Projeto CUME).

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Data
2020
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Resumo
Introdução: Mudanças globais nos padrões alimentares resultaram alterações nos cenários de adoecimento. Essas modificações refletiram no consumo alimentar brasileiro, acarretando diminuição do consumo de alimentos in natura que são fonte de polifenóis. Eles são compostos bioativos e segundo evidências científicas a sua ingestão está associada à proteção contra doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Estimar a ingestão de polifenóis totais e suas classes da alimentação (flavonoides, ácidos fenólicos, lignanas e estibenos) e sua relação com características sociodemográficas, antropométricas e de hábitos de vida de egressos de Instituições Federais de Ensino Superior de Minas Gerais, participantes do projeto CUME. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com dados de 4.130 graduados ou pós-graduados entre os anos de 1994 a 2017 das IFES avaliadas. Os dados foram coletados por questionário online autopreenchido e constaram das variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, consumo alimentar e dados antropométricos. A ingestão de polifenóis foi avaliada por meio de questionário de frequência alimentar (QFA) com 144 itens e os teores de polifenóis de cada alimento foram obtidos através da base de dados Phenol-Explorer. Foram realizadas análises estatísticas da ingestão de polifenóis totais e suas classes segundo as características sociodemográficas, antropométricas e de hábitos de vida. Além da avaliação do percentual de contribuição dos alimentos para a ingestão de polifenol total e classes. Resultados: A população do estudo apresentou mediana de ingestão, ajustado por consumo calórico, de polifenóis total de 753,41 mg/dia, 552,30mg/d de ácidos fenólicos, 154,70mg/d de flavonoides, 16,34mg/dia de lignanas e 0,32mg/d de estilbenos. Os alimentos que mais contribuíram para a ingestão de polifenóis totais e ácidos fenólicos foram café seguido das oleaginosas. Para os flavonoides foram as frutas leguminosas; estilbenos foi o vinho tinto e para as lignanas foram as frutas e tomate. A mediana de ingestão dos polifenóis totais foi diferente estatisticamente entre o estado civil, idade, escolaridade, área de formação profissional, situação profissional, renda, consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal, atividade física e realização de dieta (p<0,05). A mediana de ingestão dos ácidos fenólicos apresentou relação estatisticamente signifícativa para estado civil, idade, escolaridade, área de formação profissional, situação profissional, atividade física, consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, índice de massa corporal e realização da dieta (p<0,05). Conclusão: O consumo de polifenóis é baixo na população estudada e diferenças estatisticamente significativas entre as medianas de ingestão de polifenóis e classes foram observadas de acordo com as características sociodemográficas, antropométrica e hábitos de vida. A avaliação da ingestão de polifenol total e classe segundo características da população pode ser útil para estudos futuros, principalmente para a definição de recomendação diária de ingestão.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Alimentos - consumo, Antioxidantes, Polifenóis, Dieta
Citação
DINIZ, Amanda Popolino. Ingestão de polifenóis totais e suas classes: linha de base da coorte de universidades mineiras (Projeto CUME). 2020. 95 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2020.