O mito de Marília de Dirceu – 1792 a 1889 : aspectos da construção e da apropriação de heróis românticos e o processo de formação da Nação Brasileira.

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Data
2014
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Resumo
O trabalho propõe investigar aspectos da construção e da apropriação dos envolvidos na Inconfidência Mineira, ocorrida no final do século XVIII, como heróis românticos no processo de formação da Nação Brasileira, ao longo do século XIX, ao privilegiar o mito de Marília de Dirceu. Tal empreendimento constituiu-se como uma operação historiográfica realizada pelos intelectuais ligados ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no século XIX. Nosso foco é a imagem criada para Maria Doroteia Joaquina de Seixas, a Marília, através da construção da imagem de herói romântico atribuída a Tomás Antônio Gonzaga. As fontes e informações levantadas sobre a vida de Maria Doroteia, comparadas aos métodos e objetivos da escrita biográfica dos intelectuais do IHGB, enquanto “homens de seu tempo”, realçam as diferenças existentes entre a mulher que viveu em Minas Gerais, entre 1767 e 1853, e a musa recriada para figurar ao lado de Gonzaga, herói letrado da Inconfidência Mineira. A historiografia fundadora da identidade nacional, praticada pelos intelectuais do IHGB, contribuiu para esse processo de construção: uma historiografia impregnada pelo Romantismo e feita por homens de uma elite econômica e intelectual.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Brasil - história - conjuração mineira, Romantismo, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Conjuração mineira
Citação
JARDIM, A. C. M. O mito de Marília de Dirceu – 1792 a 1889: aspectos da construção e da apropriação de heróis românticos e o processo de formação da Nação Brasileira. 2014. 161 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2014.