O passado como distração : modos de vestir a história no neopopulismo brasileiro.
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Data
2022
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Resumo
Neste artigo, analisamos como o movimento populismo
bolsonarista engaja a história de uma forma que ativa a sua
base política heterogênea. Esses engajamentos parecem ser
diferentes de alguns aspectos das cronosofias modernas,
como no abandono da sincronização e da apresentação
coerente de uma história nacional. Não afirmamos a
inexistência de coerência no bolsonarismo em geral, ou em
seu discurso político, mas na inexistência de uma coerência
de tipo moderno em suas historicidades. Assim,
defendemos que historicidade da nova extrema direita
brasileira se baseia mais no apego afetivo, em uma
performance histórica pragmática e altamente fragmentada
que, como defendemos, mais se assemelha a uma
historicidade atualista. Para demonstrar a afinidade que
vemos entre essa historicidade atualista e o bolsonarismo,
este artigo está dividido em três partes. Primeiro,
apresentamos o conceito e a teoria do atualismo. Em
seguida, caracterizamos as dimensões neopopulistas do
bolsonarismo, ou seja, o movimento cultural e político
representado por Jair Bolsonaro. Por fim, analisamos o
novo populismo brasileiro em seus engajamentos com a
história, especialmente os engajamentos com a história de
três secretários de cultura do governo Bolsonaro e de como
a desfactualização da realidade ganha força, criando as
condições de possibilidade de o passado ser como um
grande guarda-roupa cheio de imagens e modelos prêt-à-
porter.
Descrição
Palavras-chave
Bolsonarismo, Bolsonaro
Citação
PEREIRA, M. H. de F.; ARAÚJO, V. L. de. O passado como distração: modos de vestir a história no neopopulismo brasileiro. Revista de teoria da história, v. 25, n. 2, 2022. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/74060/39409>. Acesso em: 06 jul. 2023.