O rompimento da Barragem de Fundão em Mariana-MG após 03 anos : considerações sobre um “crime que se renova”.
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Data
2018
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Resumo
Este artigo aborda o contexto da luta de classes após 03 anos do rompimento/crime da barragem de Fundão em Mariana-MG, ocorrido no dia 05 de novembro de 2015. Tal fato se inscreve na lógica produtivista em contexto de capitalismo dependente. O processo de extração e comercialização do minério de ferro, uma das commodities mais produzidas/ extraídas do território brasileiro neste início de século XXI, é conformado pela queda e retomada das taxas de lucro, o que contribui para a perpetuação da dependência e subordinação econômica, política e social deste continente e do Brasil em relação aos países de capitalismo central. Após o rompimento/crime duas posições antagônicas se explicitaram no processo de ressarcimento e reparação dos danos/perdas: a atuação da Fundação Renova, instituição fortemente vinculada às mineradoras que causaram o rompimento/crime, e a perspectiva de luta e reivindicação por parte dos atingidos. Conclui-se que o contexto de luta e resistência é árduo, atravessado por interesses de classes sociais antagônicas que são materializados em trâmites burocrático-institucionais e legal-normativos, o que reafirma a histórica dominação do capital sobre a classe trabalhadora no contexto da mineração extrativista.
Descrição
Palavras-chave
Luta de classes, Mineração extrativista, Capitalismo dependente, Class struggle, Mineral extraction
Citação
BERTOLLO, K. O rompimento da Barragem de Fundão em Mariana-MG após 03 anos: considerações sobre um “crime que se renova”. Lutas Sociais, São Paulo, v. 22, n. 41, p. 237-251, jul./dez. 2018. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/46680>. Acesso em: 24 maio 2021.